Você está cansada.
Mas nem sabe mais de quê.
Não é só o trabalho.
Nem os filhos.
Nem o marido, nem a casa, nem as contas.
É o cansaço de sustentar tudo — inclusive o próprio cansaço.
É o peso de ter que sorrir quando quer sumir.
De responder “tá tudo bem” quando nada está.
Você aprendeu a ser forte tão cedo que esqueceu o que é não ser.
E, por um tempo, acreditou que isso era virtude.
Mas força demais vira muro.
E um muro não sente.
Você se acostumou a segurar o mundo no colo.
A remendar o que quebra, a manter de pé o que desaba.
Você virou especialista em se apagar devagar — com classe, com eficiência, com silêncio.
Mas há uma diferença brutal entre ser necessária e ser viva.
E talvez ninguém tenha te contado isso.